terça-feira, julho 12, 2011

Ministro destaca atuação do órgão na formação e valorização do professor


Haddad, ao lado do presidente da Capes, Jorge Guimarães, destacou o desempenho da instituição na formação de professores para a educação básica: 'Não é fácil organizar a formação inicial continuada e a valorização de um exército de dois milhões de profissionais que não recebeu, até o momento, a devida atenção do Poder Público' (foto: Wanderley Pessoa)O ministro da Educação, Fernando Haddad, destacou na manhã desta segunda-feira, 11, a atuação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação na formação de professores da educação básica. Haddad participou da solenidade de abertura das comemorações dos 60 anos da instituição, em sua sede, no Setor Bancário Norte. À tarde, ao lado da presidenta da República, Dilma Rousseff, ele participará da entrega do Prêmio Anísio Teixeira a pesquisadores e professores que contribuíram para o crescimento da educação e da ciência no Brasil. A solenidade será realizada no Palácio do Planalto, às 15h.

“Não é fácil organizar a formação inicial continuada e a valorização de um exército de dois milhões de profissionais que não recebeu, até o momento, a devida atenção do Poder Público”, disse o ministro.

Em 2007, cerca de 600 mil professores em exercício não tinham graduação ou atuavam em áreas diferentes daquela em que se formaram. Hoje, 360 mil cursam a primeira ou a segunda graduação. Haddad lembrou que o maior ideal do educador Anísio Teixeira era a formação de recursos humanos de nível superior não para o nível superior, mas para toda educação. Patrono da educação Brasileira, Anísio Teixeira [1900-1971] dirigiu a Capes de 1951, ano de criação, até 1963.

O ministro anunciou que o comitê de governança da prova nacional de ingresso na carreira docente aprovou a matriz que vai nortear a elaboração das provas de concursos públicos. Hoje, 40% dos professores da educação básica foram contratados sem concurso.

60 anos — Há seis décadas, a Capes contribui para a formação de profissionais qualificados, avalia cursos de mestrado e doutorado, oferece acesso à divulgação científica e promove cooperação científica nacional e internacional. Em 2010, concedeu 116 mil bolsas — 58 mil no país e cinco mil no exterior, além de 53 mil para a educação básica. No ano anterior, ajudou na formação de 50.168 mestres e doutores. A ampliação do número de pessoas pós-graduadas no país é uma das prioridades da política nacional de educação e de ciência e tecnologia do governo federal.

Em 2007, a Capes assumiu o desafio de estimular a formação inicial e continuada de professores da educação básica. O sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) registrou, em 2010, 150 mil alunos matriculados e 587 polos em funcionamento. O Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) recebeu, em 2010, investimentos de R$ 120 milhões, com mais de 20 mil bolsas ativas e 618 projetos aprovados.

Nesses 60 anos, a Capes comemora a evolução e o crescimento da pós-graduação brasileira e a bem-sucedida implementação de programas que contribuem para aprimorar a qualidade da educação básica, com a formação de professores mais bem preparados para atuar nas escolas brasileiras.

Diego Rocha

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